Céu limpo, horizonte largo
Mas a neblina cobre o Palácio de Blancaflor.
E eis que o gênio do meu destino,
Trajando um traje que eu não sei descrever,
Vem dizer-me que não basta eu só para realizá-lo.
Que é preciso que eu calce as botas de ferro de Passo-Amor
(Passo-Amor, que anda pelos sete palácios
De Blancaflor, espalhados pelos sete dias,
Nas sete partes do mundo).
Que é preciso que eu calce as botas de ferro de Passo-Amor,
Vá interrogar os pastores de vacas,
De ovelhas, de patos e de cabras
Onde estão os sete palácios de Blancaflor.
Que vá ouvir a canção do Pequeno Príncipe do fundo do mar,
Matar o dragão
Para que Passo-Amor encontre
O Palácio na neblina,
Eu, de botas de ferro, andando...
Nenhum dos pastores sabe
O que responder às minhas perguntas.
E eis que o gênio do meu destino,
Com pena, de luto vestido,
Sobre o rosto uma torrente de lágrimas!
Me detém na minha viagem sem esperança
Pois que não há Palácio de Blancaflor,
Não há Passo-Amor,
O filho do rei morreu no fundo do mar
E não há no mundo
Sete palácios, sete dias, sete partes.
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