Pedro,lembrando Inês Em quem pensar,agora,senão em ti? Tu, que me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a manhã da minha noite. É verdade que te podia dizer:"Como é mais fácil deixar que as coisas não mudem,sermos o que sempre fomos,mudarmos apenas dentro de nós próprios?"Mas ensinaste-me a sermos dois;e a ser contigo aquilo que sou, até sermos um apenas no amor que nos une, contra a solidão que nos divide.Mas é isto o amor: ver-te mesmo quando te não vejo,ouvir a tua voz que abre as fontes de todos os rios,mesmo esse que mal corria quando por ele passámos, subindo a margem em que descobri o sentido de irmos contra o tempo,para ganhar o tempo que o tempo nos rouba.Como gosto,meu amor, de chegar antes de ti para te ver chegar:com a surpresa dos teus cabelos,e o teu rosto de água fresca que eu bebo,com esta sede que não passa.Tu: a primavera luminosa da minha expectativa, a mais certa certeza de que gosto de ti,como gostas de mim,até ao fundo do mundo que me deste.
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